sexta-feira, 17 de junho de 2011

CIÊNCIA E FÉ

Nossa intenção neste texto não é fazer um tratado acadêmico sobre esse tema, pois isso exigiria um ou mais livros apenas dedicados ao assunto. O que queremos é lançar feches de luz sobre esta discussão que se tornou tabu para muitas pessoas. Queremos desmistificar esta aparente oposição que existe entre as descobertas científicas e a fé cristã.

O fato é que diariamente somos bombardeados por uma multidão de opiniões e explicações que acabam por nos confundir ou muitas vezes nos faz tirarmos conclusões precipitadas sobre este assunto.

As dúvidas começam na infância

Eu sempre fui uma criança que fazia muitas perguntas. Ainda me lembro de noites e noites inteiras que eu passava em casa questionando meu pai acerca de coisas que queria entender. “Pai, como se formam as nuvens?”. “Como funciona a televisão?”. “De onde vem o vento?”, e por aí a diante. Para mim nunca bastava ver algo, conhecer, eu queria mesmo era saber como aquilo funcionava, porquê acontecia.

Quando estava na pré-escola, com uns seis anos de idade, me lembro que nossa sala de aula era bastante grande e que nela havia, no lado esquerdo, em um canto, uma casa de bonecas e uma estante cheia de brinquedos e que no lado direito havia um tapete bem fofo, com uma estante cheia de livros infantis, alguns literários e alguns só com figuras, fotos, desenhos. Este era o meu lugar preferido. Eu até gostava dos brinquedos, o meu preferido era o “lego”, mas havia uma fila de espera para brincar com ele, preferia então os livrinhos.

E naquela pilha de livros haviam alguns que eram meus preferidos, eles traziam fotos, na verdade desenhos, de uns animais gigantescos, enormes, com grandes caldas, alguns verdes e cheios de dentes e afiadas garras. Eram os dinossauros. Eu queria entender como estes enormes animais poderiam ter desaparecidos e como o homem poderia ter convivido com eles. Pois naquela época eu imaginava pessoas e dinossauros juntos.

Talvez as indagações provenientes deste descoberta sejam a raiz mais antiga da minha motivação para fazer uma faculdade de história. Eras geológicas, extinção, estas as coisas mais complexas que minha mente tentava compreender naquele novo dicionário que me era apresentado. A explicação da professora era complicada e difícil para mim, pois eu sempre havia ouvido, em toda minha pequenina existência, coisas diferentes: “Deus criou todas as coisas”, “em seis dias Deus fez tudo”. E agora eram milhões, bilhões de anos. E segundo o que me diziam era tudo obra do acaso, da própria natureza.

Eu tinha apenas seis anos de idade e percebia que sob o passado escondiam-se grandes mistérios. Esta contradição e complexidade toda ao invés de me afastar ou trazer medo, na verdade mais me fazia fascinado pela ciência e pelo passado, pois eu já entendia que éramos fruto do passado, seja lá qual fosse sua versão correta.

Durante a adolescência esta busca pela “verdade” levou-me a dar atenção à questões referentes à vida em sociedade, e assim como muitos de minha idade, acreditava que com muita rebeldia poderia mudar o mundo a minha volta, acabando com aquilo que me parecia ser a razão de todos os males: a desigualdade.

Quando comecei a cursar a faculdade de histórias acreditei que finalmente “entenderia tudo”, teria minhas respostas. A primeira disciplina que cursei foi justo Pré-história. E na verdade saí dali com maiores dúvidas do que entrei. Compreendi muitas teorias, algumas absurdas, outras mais claras, porém saí com a certeza de que cientificamente a origem do homem e o passado do planeta ainda são incertos. Apesar da professora esforçar-se para convencer-nos das teorias evolucionistas, quanto mais ela argumentava sobre os fósseis, mais desconfianças eu tinha.

Foi quando eu lasquei a pergunta: Mas afinal, o que falta então para se provar a ‘teoria’ da evolução da espécie humana, para que ela passe a ser considerada uma ‘lei’ científica? A resposta foi direta: achados fosseis, ossos. Pois os que existem ou são de “antepassados” (outras espécies) muito distantes, de milhões de anos atrás, que parecem mais com macacos; ou são fósseis muito recentes, de homens muito parecidos conosco.

Foi quando ela explicou que há um período de quase 10 milhões de anos no quais há um “silêncio fóssil”. É como se não houvessem hominídeos (espécie humana) durante todo este período e que de repente, do nada, surgisse o homem. Estranho, não? Se houvesse uma evolução lenta e gradual entre as espécies, como poderíamos não achar os ossos desses seres que teriam vivido e evoluído durante um período tão vasto, de 10 milhões de anos?

O que descobri nesta aula, e que me deu mais ânimo para pesquisar e estudar, é a falta do que a ciência chama de “elo-perdido”. Aí percebi que boa parte destas informações que recebi a minha vida toda sobre o surgimento do planeta e do ser humano, na verdade não eram baseados em descobertas de cientistas e sim em teorias, baseadas em imaginação, e que propunham respostas ligadas a algumas poucas informações factuais. E isto está ligado ao limite que há na ciência à manipulação que alguns cientistas fazem dos dados existentes para tentar afirmar suas convicções pessoas.

Mas o que é Fé e Ciência?

Para entrarmos neste assunto acho importante darmos um conceito tanto para fé quanto para ciência.

: Esta palavra vem do latim “fides”, que significa fidelidade, ou seja, crer em algo sem ter prova alguma disso exceto a certeza de que quem te disse não está mentindo. A fé é conceituada por alguns autores como o conjunto de crenças religiosas que uma certa pessoa possui, é aquilo no que ela crê. Segundo a Bíblia, a fé não se baseia naquilo que a pessoa vê, mas trata-se de uma convicção interior de coisas invisíveis e de coisas que acredita que ocorreu no passado ou que irá ocorrer no futuro. “Fé é acreditar em coisas que se esperam, a convicção de fatos que se não vêem, independentemente daquilo que vemos, ou ouvimos” segundo Hebreus 11:1.

Ciência: Esta palavra vem do latim “Scientia”, que significa conhecimento. Podemos dizer que ciência é o conjunto de conhecimentos que a humanidade vem acumulando com o passar dos séculos. Graças à escrita estes saberes humanos podem ser somados a novos e não se perdem no tempo. Ao contrário da fé, que não necessita de provas, de ver e ouvir, a ciência só pode descobrir qualquer coisa através dos sentidos sensoriais (visão, audição, paladar, tato e olfato) do próprio ser humano. A ciência precisa de provas e vive delas.

O limite da Ciência

Eu estava dando aula de história em uma turma noturna de jovens e adultos, falando sobre a pré-história, quando alguns alunos trouxeram a tona idéias que chamavam de ‘científicas’. Naquele momento eu tive uma idéia. Peguei a primeira coisa que vi na minha mesa e levantei bem alto. Era um apagador feito plástico.

- O que vocês estão vendo aqui. – perguntei, interrompendo o assunto.

Houve silêncio por alguns instantes.

- É um apagador. – respondeu um aluno lá do fundo as sala.

- Errado. Novamente vou perguntar: O quê vocês estão vendo aqui?

- Ora professor, é claro que é um apagador. Ou ele tem outro nome? – Argumentou outro aluno.

- Não, preciso que vocês percebam que vocês não estão vendo o apagador.

Fui até o interruptor, e com a outra mão desliguei a luz da sala. Tudo ficou muito escuro.

- O que vocês estão vendo aqui? – insisti.

- Nada! Está escuro. – Me respondeu a turma.

- Mas então o apagador deixou de existir? – perguntei ainda com a luz desligada.

- Não ele está ai, apenas não o vemos, porque o senhor apagou a luz.

- É isso! Vocês na verdade nunca viram este apagador. – acendi a luz neste instante – Apenas vemos o reflexo da luz nas coisas. Na verdade vemos o reflexo da luz em algumas coisas. Este reflexo atravessa nossa retina e atinge os nervos ópticos que irão transmitir certa imagem ao cérebro. Neste momento vocês não estão me vendo, apenas vêem o reflexo da luz em mim. Mas me respondam outra coisa. Olhem todos novamente para este belo apagador azul. Estão todos vendo agora o reflexo da luz nele? Ok! Me digam: Existe alguma coisa na linha reta que existe entre este apagador e a retina de seus olhos?

- Eu tenho a lente de meus óculos. – Respondeu um engraçadinho.

- Mas além dos óculos o que há?

Novamente eu conseguia ouvir o som dos grilos.

- Não há mais nada, professor.

- Errado. Existem muitos gazes, como o hidrogênio, o oxigênio, o hélio, e etc. Mas além disso existe mais alguma coisa?

- Eu havia esquecido do ar. Mas além disso não há mais nada! – disse uma moça.

- Errado de novo! Existem milhares de microorganismos. Moléculas soltas, alguns ácaros, bastante carbono, composição principal do pó. Mas além disso? Existe mais algo.

- Não professor, além disso não tem mais nada! – Disse com certeza plena aquela mesma moça.

- Existe sim! Quantos de vocês têm aparelhos celulares? Todos eles devem estar com sinal de antena agora. Há neste momento, neste lugar, pelo menos algumas dezenas de ondas e sinais eletromagnéticos de rádio, televisão, celular, internet, GPS, dentre muitos outros.

- Onde o senhor quer chegar com isso? – questionou aquela moça que havia se empolgado com a interação.

O que eu queria era mostrar que nosso saber, nossa ciência tem limites. No princípio todos os alunos estavam percebendo apenas a existência do apagador, pois ele, por suas características físicas e químicas podia ser visualizado por nossos olhos através do reflexo da luz. É importante percebermos que existem muito mais coisas além daquelas às quais os nossos olhos podem perceber. O homem foi aos poucos descobrindo-as. Se na Idade Média você falasse que a lepra, hoje conhecida por hanseníase, é causada por um microorganismo, microscópico, você poderia até ser lançado em uma fogueira. Não vamos longe, se você afirmasse nos anos 30 que seria possível alguém se comunicar com outra pessoa em instante real através de um aparelho portátil (telefone celular), você seria chamado de louco.

Com o passar dos anos o homem foi adquirindo conhecimentos que lhe permitiram criar máquinas, objetos dos mais distintos e para os mais variáveis usos. Hoje não vemos uma série da coisas, as quais sabemos que existem. Mas temos nossa limitação. E ela está exatamente em nossos sentidos. Apenas podemos descobrir a existência ou compreender aquilo que possamos alcançar por nossos sentidos.

Ou vemos algo, e aí sabemos ou temos pistas de sua existência, mesmo que em um microscópio, ainda precisamos ver.

Ou sentimos algo por nosso tato, como é o caso do ar, que ao movimentar-se nos acaricia. Como também é o caso das ondas eletromagnéticas, que geram micro-vibrações, pequenas turbulências, a través de nossos instrumentos eletrônicos, podemos senti-las.

Ou ouvimos algo, como a música, a voz, o som do vento. Para quem é surdo a música parece não existir, mas ela existe.

Ou degustamos algo, e através de seu sabor podemos até ter noções da química que compõe tal alimento, se é acido, por exemplo.

Ou cheiramos algo. Como saberíamos da existência de alguns elementos químicos que não os houvéssemos percebido pelo olfato?

Enfim, o homem conhece o mundo através dos sentido que possui. Para um cego o mundo é diferente, é bem menos cheio de informações e coisas.

A Pergunta que faço agora é a seguinte: se em milhares de anos, com todo o nosso saber aplicado através de nosso sentidos, de tempos em tempos ainda descobrimos coisas que não imaginávamos que existiam, ou que simplesmente ignorávamos, não seríamos prepotentes demais em imaginar que só existe aquilo que podemos atingir com nossos sentidos ou instrumentos? Não seria um grande engano descartar a possibilidade de existência de tudo o quanto nossos olhos não podem hoje perceber?

A ciência, ou saber humano, é um instrumento ótimo para aprimorarmos nossa qualidade de vida através da descoberta de tecnologias que nos sirvam, porém não podemos limitar nossas vidas e o que cremos por aquilo que a ciência já provou poder perceber ou não através de seus instrumentos.

Deus não é, e nem pode ser objeto de estudo da ciência, pois está além dos sentidos sensoriais do homem, ele não pode ser medido por um instrumento, ou calculado por algum programa. Ele criou tudo, fez a matéria, as coisas corruptíveis e cíclicas deste plano no qual temporariamente habitamos, mas resguarda-se no plano espiritual. Não está aprisionado lá. Não há barreiras para o criador. Diariamente Ele interfere em nossas vida, age em nosso meio tentando nos dar sinais de sua existência, fala conosco em nosso coração, habita nossas mentes e nos faz confiar Nele. Isto é, Ele mostra-se a nós através de um outro sentido, e não os sensoriais - apesar de poder mostrar-se – ele age no que há de eterno em nós, naquilo que realmente existe: o nosso espírito.

Mas como saber se Deus existe?

Existem duas grandes provas naturais da existência de Deus: o universo e na lei moral que há mente do homem.

O UNIVERSO, OBRA DAS MÃO DE DEUS.

“O céu mostra a glória de Deus e nos mostra aquilo que suas mão fizeram.” Salmos 19.1

Você conhece algum engenheiro químico especialista em destilação de petróleo? Talvez a maior parte das pessoas estão lendo este texto não conheçam pessoalmente e alguns talvez nunca ouviram falar desta profissão. Mas olhe a sua volta, você viu plástico? Você usou gasolina ou diesel? Direta ou indiretamente você viu. Pode crer, este profissional existe! Você o sabe pois conhece a obra do trabalho dele, sem talvez jamais ter falado ou visto um destes profissionais.

Existem teoria materialista que afirmam que tudo surgiu por obra do acaso, de ligações químicas oriundas de encontros acidentais, que teriam início em uma explosão inexplicável (Big-Bang), me leva a recordar uma comparação excelente que certa vez ouvi de um jovem amigo, estudante de física, a qual ele teria lido em algum lugar, que era mais ou menos assim:

Certo dia um sujeito saiu cansado de seu trabalho e foi para casa com fome. Ele sabia que não havia deixado nada pronto para comer. Mas ao chegar, surpreende-se e alegra-se ao ver sobre a mesa da cozinha um lindo e apetitoso bolo com cobertura de chocolate.

Mas restou-lhe uma dúvida: como surgiu aquele delicioso bolo? O sujeito cria imediatamente duas hipóteses em sua mente:

1. Ao meio dia sua esposa veio em casa e lhe fez uma surpresa. Pegou farinha de trigo, colocou em um recipiente com óleo, manteiga, ovos, açúcar, sal, fermento e outros ingredientes, cada um em sua quantidade perfeita. Misturou-os. Untou uma forma, colocou aquela massa, aqueceu o forno e durante certo tempo assou tal mistura, a qual cresceu e tomou forma e consistência de um bolo. Enquanto isso, em uma panela à parte ela misturou os ingredientes da cobertura e do recheio, os quais ela aplicou dentro e sobre o bolo, dando-lhe o acabamento com granulados de chocolate. Esta primeira hipótese incluía a possibilidade de sua esposa apenas haver comprado um bolo pronto, que haveria tido este processo de fabricação feito por um terceiro.

2. Durante a tarde, estaria em trânsito nas imediações de sua residência um caminhão que se deslocava para abastecer uma padaria. Em seu interior haviam sacos de farinha, açúcar, sal, fermento, barras de chocolate, ovos, dentre outros muitos ingredientes. Este caminhão desgovernou-se e com grande velocidade chocou-se a um muro de concreto. Com o impacto os sacos romperam-se e os ingredientes misturaram-se em seu baú, e depois de alguns instantes o caminhão começou a pegar fogo. Devido a grande quantidade de combustível, depois de alguns minutos houve uma grande explosão e estilhaços, fragmentos, espalharam-se em todas as direções. E acidentalmente uma parte destes resíduos acabou entrando pela janela da casa do indivíduo, que estava aberta, caindo sobre a mesa. Ao resfriar-se foi possível perceber que tais eventos acidentais produziram um bolo de chocolate.

Perceba como é fantástica, improvável e impossível esta segunda hipótese. E isto que estamos falando de algo simples como um bolo. Agora pende no surgimento de algo extremante complexo, como os órgãos de nosso corpo. Pense no sistema nervoso central de qualquer animal, em seus bilhões de neurônios interligados e processando muitíssimas informações, idéias, sensações, controlando movimentos, reações, falas, etc.Cientistas demoraram centenas de anos para descobrir como tudo isto funciona. Enquanto os bolos são feitos a milhares de anos por pessoas sem muito conhecimento.

O universo é perfeito, tudo ajusta-se e encaixa-se com perfeição. Nosso planeta tem tamanho, elementos químicos, distância perfeita do sol, temperatura, atmosfera e água, condições mais do que perfeita para a vida biológica conhecida. Tudo, a chuva, o vento, as estações do ano, uma árvore que cresce sozinha de uma pequena semente, o vôo dos pássaros, o canto das aves: tudo. Tudo! É tudo perfeito. Seria tudo obra do acaso? Não!

É na verdade fácil, muito fácil perceber a existência de um maravilhoso artista criador. Um arquiteto, desenhista, projetista, biólogo, químico, físico, agrônomo, um ser que em detalhes planejou todas as coisas. Este ser tratou a nossa espécie com carinho especial ao nos dotar de sabedoria, raciocínio, inteligência. Fez-nos diferentes de todos os outros animais, para contemplarmos sua criação.

Este ser é Deus. Antes de tudo ele já existia. Quando não havia matéria nem tempo, ele já era.

Um dos mais conhecidos filósofos da história humana, o grego Sócrates, que vivia em uma nação politeísta e certamente não conhecia a história do Deus de Israel, aproximadamente quinhentos anos antes de Cristo ele disse:

"Não lhe parece que aquele que fez os homens desde o início lhes deu órgãos, a fim de que lhes sejam úteis: os olhos, para ver os objetos visíveis; as orelhas, para ouvir os sons? Para que nos serviriam os odores, se não tivéssemos narinas? Que idéias teríamos do que é doce, do que amargo, do que satisfaz agradavelmente ao paladar, se a língua não estivesse ali para decidir? Não é acaso uma maravilha da providência, que nossos olhos, órgãos delicados, estejam munidos de pálpebras, que se abrem como portas, quando deles precisamos e se fecham durante o sono? Que estas pálpebras estejam munidas de cílios, que, à maneira de crivos, os defendem contra o furor dos ventos? Que os sobrecílios se colocam à maneira de telhado por sobre os olhos para impedir que o suor a escorrer da frente os estorve? Que os ouvidos recebam todos os sons, sem se encher jamais? Que os dentes dianteiros de todos os animais sejam cortantes e os molares próprios para triturar os alimentos recebidos dos incisivos? Que direi da boca, que, destinada a receber o que excita o apetite do animal, é colocada junto dos olhos e das narinas? E como as dejeções excitam a aversão, não têm elas afastados os seus canais, de maneira a se encontrarem distantes dos órgãos mais delicados? Duvidais ainda que estas obras feitas com tanta ordem sejam produzidas ao azar ou por uma inteligência? - Percebo bem [concorda Aristodemo, participante do diálogo] que as considerando sob este ponto de vista são reconhecidamente obra dum sábio artista, animado por um terno amor por suas criaturas" (Xenofonte, Ditos memoráveis, I, 37).

O fato é que num certo momento da história o homem passou a descobrir como funcionava a natureza, os elementos químicos, as leis da física, apesar de nem ter provas ou certeza de todas elas. Tão rápido esta descoberta ocorreu, este homens encheram-se de si mesmos e pensaram haver descoberto tudo. Nós sabemos tudo, nós podemos tudo. E assim parecia já não ser mais necessário crer em Deus. Mas algo está incompleto nesta história! Sim, algo está fora do lugar: O fato de descobrirmos como funcionam parte dos perfeitos e detalhistas mecanismos da vida pode até nos ter dado a capacidade de manipular estas informações em favor de nosso conforto, através de novas tecnologias, mas não nos trouxe a capacidade de ocupar o lugar do Criador, ou provar que Ele nunca existiu.

O homem é como um rapaz que saiu e comprou um carro. Desmontou todo ele e descobriu como ele funcionava. Montou-o novamente e saiu para andar por aí. Tornou-se o próprio mecânico. Quando perguntado qual era a fábrica de tal modelo ele respondia: nenhuma, eu conheço ele todinho. Ele simplesmente existe. Demorei dias, semanas para descobrir como funcionava cada pecinha meticulosamente encaixada na engrenagem, mas agora não preciso mais de fabricante algum.

Nada dura para sempre, assim como um certo dia este rapaz vai ter que procurar a fábrica para repor alguma peça, sem a qual tal veículo não tem utilidade, um dia todos teremos que retornar ao Criador, ao nosso perfeito projetista.

Pode parecer obvio afirmar que percebe-se o criador ao olharmos para a criatura. Mas para muitas pessoas isto parece algo muito distante e vago. Por isso trouxe aqui uma frase de um cientista muito conhecido, que por muitos é visto como o maior opositor da visão bíblica da criação divina, estou falando de Charles Darwin, que estudou profundamente a criação, analisou a diversidade biológica de nosso planeta e propôs uma teoria para o surgimento de tais grupos. Ao ser questionado se havia tornado-se ateísta, ele nega este fato e diz:

"A impossibilidade de concebermos o universo tão grande e maravilhoso, como realmente o é, me parece o argumento principal para a existência de Deus." (2 de abril de 1873)

A LEI DENTRO DOS CORAÇÕES, LEI DE DEUS.

“Os não-judeus não têm a lei (que foi dada por Moisés). Mas quando fazem pela sua própria vontade o que a lei manda, eles são sua própria lei, embora não tenham a lei. Eles mostram pela sua maneira de agir, que têm a lei escrita no seu coração. A própria consciência deles mostra que isto é verdade, e os seu pensamentos, que as vezes os acusam e as vezes os defendem, também mostram isso.” Romanos 2:14-15 (NTLH - ênfase nossa)

Se você ler os mais variados livros de antropologia, de sociologia e de história irá perceber que em lugares muito distantes no mundo, nas mais variadas culturas e civilizações existe um grande número de normas gerais, regras, leis, que orientam a vida em geral e convivência. Mesmo nas tribos mais isoladas do mundo, muitas de suas regras “primitivas” nos são comum.

Há no homem uma “consciência”, que o dirige em sua vida, e contrariando o que muitos cientistas afirmam, esta lei moral que há dentro das pessoas, não é apenas construída pelo maio em que vive, mas na verdade vem muito daquele senso que nasce em nosso coração. Há certo e errado. Não se deve matar, roubar, mentir.

Nossa consciência nos acusa, e mesmo um ateu, incrédulo da existência de Deus guia-se por este senso geral de justiça. Há sim pessoas, que segundo a Bíblia, têm sua consciência cauterizada, insensível, por tanto cometer o erro, sem arrepender-se.

De onde viria esta lei moral? Se fossemos fruto do acaso, do caos do universo, como poderíamos ter esta noção em nosso interior? Foi Deus quem nos deu isto, afim que possamos perceber dentro de nós mesmos sua existência e o fato que Ele não nos criou sem um propósito, mas com intenções claras de que venhamos a viver com sabedoria, e que o conhecendo, sigamos seus ensinamentos.

Mas quero enfatizar algo: o universo e a lei moral dentro de nós nos provam a existência de Deus, nos dizem claramente que Ele existe e se preocupa conosco, mas a Palavra de Deus (Romanos 2:1-20) nos diz e esta simples percepção da existência de Deus não nos basta. Pelo contrário, isto nos serve como motivo de acusação diante de Deus, se não nos levar a busca-lo, conhece-lo profundamente.

Mas como conhecer a Deus? Como saber quem Ele é? Muitos tentam descobrir a Deus por si mesmo, pela sua sabedoria própria, pela filosofia ou buscando em coisas ocultas. Mas tudo isto é engano e esforço desnecessário: o próprio Deus se apresenta a nós. Ele mesmo se revela a nós? Como? Por meio do testemunho escrito e inspirado daquilo que Deus tem nos dito a respeito de si mesmo e de nós: Sua Palavra: a Bíblia. Ela contem tudo que precisamos saber sobre Deus e seus desejos, planos para nossa vida. E o Espírito Santo é quem pode te revelar e levar a compreensão perfeita deste texto santo.

“Pois toda a Escritura Sagrada é inspirada por Deus e útil para ensinar a verdade, condenar o erro, corrigir as falhas e ensinar a maneira certa de viver. E isto para que o servo de Deus esteja completamente preparado e pronto para fazer todo tipo de boas ações.” (2 Timóteo 3:16-17)

Mais que isto, a Bíblia é capaz de salvar a sua alma, livra-la da morte espiritual, através conhecimento da obra redentora de Jesus.

“Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê” (Romanos 1.16a)

Uma oração

“As evidências do Criador me cercam. Para onde eu olho vejo provas Dele. Quanto mais conheço o mundo à minha volta e o viver humano – seja na história daqueles que já foram ou na vida dos que comigo convivem – sinto-me inundado por sua presença. Ele é a coisa mais real, mais provável, mais certa que percebo.

Eu sou grato ao Senhor, porquê ainda na minha juventude pude percebê-lo e buscar a sabedoria dele para viver, pois ninguém melhor do que o Criador para entender o sentido e o que é melhor para a vida de suas criaturas.

Eu estou sendo, por muito pouco tempo (esta passageira vida) eu estou sendo, mas Ele é. Ele é o que é. Ele é o único que é. Independente de tudo, Ele é. E sendo eterno, suficiente em si mesmo, com liberdade e amor decidiu nos criar, permitir-nos ser, experimentar ser, por algum tempo aqui, até que possamos através da filiação de Cristo ultrapassar as barreiras da morte e compartilhar da eternidade.

Pai, a minha alma se alegra em ti e o meu espírito transborda, torna-se satisfeito, cheio do teu amor. Obrigado por dividir a eternidade comigo! Obrigado por entregar a Cristo em troca daquilo que me afastava ti. Quero me unir a ti, por intermédio de Jesus, e convosco permanecer.

Esta é a minha esperança! Nisso fazem sentido os meus dias.”

Um comentário:

Lúcia disse...

Verdadeiramente o Senhor está falando aos nossos corações.Com bastante frequência tenho refletido exatamente sobre este assunto,o qual,você colocou com "Sabedoria Revelada".O homem poderia ter "redescobrido"(o acender das luzes)a ciência sem remover Deus do centro,então estaria indo tudo bem.Com relação à criação sabemos que a ciência permanece nas "teorias".As pesquisas continuarão,haverá uma exaustão nesta queda de braço com o "Criador"??Nós já sabemos quem é o vencedor,pela FÉ.Precioso este artigo professor,nota 10 da ex-aluna Maria Lúcia Presser(Esc.Bíblica da Igr.Enc.de Fé)

Assista o Novo Documentário do Internexo: "FAÇA A ESCOLHA CERTA: NÃO USE DROGAS"

Documentário Parte 2

Documentário Parte 3

Documentário Parte 4

Documentário Parte 5

Testemunho de Rodolfo - Ex integrante da Banda Raimundos