segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Limpo, em meio à imundície!

Como é difícil viver no meio da imundície e não se sujar. Por alguns anos eu trabalhei em uma empresa na qual eu tinha uma tarefa bastante complicada: eu fazia a venda técnica de alguns produtos. Deveria estar bem apresentado diante dos clientes, limpo, camisa passada, etc. Durante um dia eu atendia de três a quatro clientes, e em muitos casos antes de fechar o negócio eu precisava verificar se a casa daquela pessoa comportava receber o equipamento, e para isto era indispensável entrar no sótão da residência. Isso mesmo, ir debaixo do telhado. É engraçado pensar que casas lindas, amplas, perfumadas, arejadas, possam possuir um ambiente tão sujo como o sótão.

Cansei de contar quantas vezes cheguei em casa com a camisa ou a calça suja, da muita sujeira acumulada naqueles lugares escuros. A minha esposa dizia: leva uma outra camisa, mais simples, para quando for subir no sótão, daí você não suja suas roupas boas. Mas não adiantava, eu sempre tinha comigo esta roupa mais simples, mas ficava complicado trocar de roupa na casa do cliente, pois nunca sabia se iria precisar subir lá ou não, dependia da conversa com o cliente. Resultado: muita roupa suja.


Quando falo de lugares sujos, estou me referindo ao mundo à nossa volta. Não preciso argumentar muito para te convencer de que nossa sociedade está cada vez mais suja: mais maldosa, mais individualista, mais violenta, mais maliciosa, mais exploradora, mais corrupta, mais mentirosa, e por aí segue uma lista longa de coisas ruins que nos cercam.


A pergunta que nos surge inevitavelmente: é possível viver num mundo tão sujo, errado, cheio de maldades e pecados sem se contaminar? É possível passar por esta Terra sem se sujar, sem “entrar na onda” das coisas do mundo? É possível vivermos e não reproduzirmos em nossas vidas as coisas erradas que nos cercam?


A resposta para muitos é simplesmente não. Alguns usam estas coisas externas, do mundo a sua volta para se justificar de seus erros, para argumentar que não está tão errado assim. Quando fazem uma coisa vergonhosa, olham para si mesmos e dizem “mas isso muitas pessoas fazem, é normal”.



Reproduzindo os erros.


Certo dia em sala de aula eu vivenciei um problema entre dois alunos. Havia uma menina que gostava muito de falar, e que falava muitas coisas inconvenientes aos colegas. Ela insistia em brincadeiras que deixavam os meninos chateados. Era uma turma de quinta-série. Eu estava de costas para a turma, escrevendo com o giz no quadro, quando ouvi a turma se silenciar e bem baixinho surgir o som de um choro. Era a tal menina chorando. Foi até ela e perguntei o que havia acontecido. Um dos meninos havia se levantado, ido até sua classe e lhe dado um soco. Naquele mesmo instante levei o menino comigo até a sala da coordenação da escola, e como a professora responsável estava atendendo outro aluno, eu mesmo comecei a conversa com este menino.


“O que você tem em sua cabeça?” – perguntei. Falei da gravidade daquele ato do menino, e de como as pessoas precisam ser respeitadas. Ele me argumentou que a aluna estava lhe incomodando muito com as coisas que dizia, querendo assim justificar a violência com a qual agiu. Aí eu lhe perguntei: “Mas você acha certo isso: as pessoas saírem por aí batendo umas nas outras? Você acha certo bater nas pessoas?” – enquanto eu falava isso o menino entrou em um choro profundo, daqueles choros de se soluçar. E por fim desabafou: “Não eu não acho certo, porquê o meu pai todo dia chega bêbado e bate em mim e na minha mãe. É terrível.”


Percebi que eu não estava apenas diante de um agente de violência, mas também de uma vítima da violência. O menino apenas estava repetindo na escola, o que vivencia todos os dias em casa. Minha conversa com ele seguiu por um bom tempo, no sentido de leva-lo a perceber que ele precisava agir diferente de seu pai.


Na vida muitas vezes agimos de forma errada, sabendo que estamos errados, mas nos justificando nos erros dos outros, nos maus exemplos que recebemos, ou nas ações maldosas dos outros para conosco. “Eu viro a cara para aquela pessoa porque uma certa vez ela me tratou mal.”, “Eu só estou devolvendo o que recebi!”, e as argumentações são muitas.



O exemplo perfeito.


Mas, por mais difícil que possa parecer, a resposta que eu e a Palavra de Deus te damos é outra: Sim, é possível viver em meio ao pecado, à imundice e não se contaminar. E eu te dou um exemplo perfeito, de alguém que viveu isso, que conseguiu passar em meio a um mar de lama e sair com roupas mais brancas que a neve: Jesus.


Imagine-se no lugar Dele. Jesus nasceu tão humano e frágil quanto você. Ele cresceu e passou pela adolescência como você. Ele teve pai e mãe, como você. Ele se tornou adulto e morreu, sem jamais pecar. Você pode pensar: “ah, mas Jesus era o Filho de Deus para ele foi fácil, barbadinha!”


Engano o seu. A Bíblia diz que Jesus “foi tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado.” (Hebreus 4.15) Tanto que horas antes de ser crucificado Ele chegou por alguns instantes a hesitar quanto ao seu destino de morrer aquela cruel morte pelos pecados da humanidade, e em oração disse a Deus “afasta de mim este cálice”. Mas dando-se conta do grande amor de Deus pelos homens, seguiu orando, venceu o medo e a tentação, submeteu-se à vontade do Pai e disse: “näo seja, porém, o que eu quero, mas o que tu queres.” (Mateus 14:36)


Imagine-se no lugar de Cristo. Você é o Filho de Deus. Você curou enfermos, expulsou demônios, ressuscitou mortos, parou tempestades, e tudo isso só com o uso de suas palavras. A natureza e tudo que há no planeta te obedecem, pois tu és co-criador do mundo. Você fez todo tipo de bondade no meio do povo e agora estão te lavando para ser crucificado, de chutam, cospem em você, te humilham, riem da sua cara, te pregam pelos pé e pelas mãos em umas tábuas. Você está ali, fazendo aquilo por eles, e eles te machucando. O que você faria no lugar de Cristo? Desceria da cruz e daria uma surra em todos? Ordenaria um raio para matá-los? Iria lhes amaldiçoar com pestes terríveis, que certamente se cumpririam?


Você sabe o que Jesus fez? Ele orou a Deus, clamando “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem” (Lucas 23.34). Sabe como Jesus conseguiu viver uma vida assim?


Ele conseguiu passar por este mundo sem pecar por que submeteu sua vida à vontade de Deus, em cada instante. Ele tomou a decisão de não pecar. Ele tomou a decisão de fazer a coisa certa, mesmo quando isso significava sofrer. E sendo ele submisso a Deus, o Pai não o desamparou – assim como não irá te desamparar – mesmo depois da morte, o ressuscitou.


Por isso Cristo te convida a conhecer mais sobre Ele. Lendo e estudando a Bíblia você poderá comparar seu comportamento com os de Cristo e os seus pensamentos com os Dele. É o próprio Jesus quem te convida experimentar a paz que emana de fazer a vontade de Deus:


“Aprendam comigo porque sou bondoso e tenho um coração humilde, e vocês encontrarão descanso.” (Mateus 11:29)



Por


Dionísio Hatzenberger


Professor


dionisiofh@hotmail.com

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